Nesta sexta-feira (5/8), os professores da rede estadual de ensino deflagraram greve em todo Estado do Ceará e não foi diferente na região do Baixo Acaraú. No Município de Acaraú, hoje aconteceram passeatas pelas principais ruas da cidade e nesta semana um calendário especial será realizado de visitação a outros Municípios da região para reunir novos professores ao movimento grevista. Na próxima segunda-feira, comissão de professores grevistas de Acaraú visitarão Itarema e, na próxima sexta-feira, às 18h, haverá uma grande concentração na Praça do Centenário, no Centro de Acaraú para sensibilizar a população. O movimento é encabeçado pelo Sindicato dos Professores e Servidores no Estado do Ceará (Sindicato-APEOC).
Em Acaraú, 90% dos professores do Liceu e 58% do Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) Padre Antônio Tomás em Acaraú já aderiram à greve e hoje uma assembleia foi realizada na Escola Profissionalizante Marta Maria Giffone de Sousa, para adesão dos professores da unidade.
Entre os pontos que desencadearam a greve estão o descumprimento, pelo Governo, da Lei Nº 12.066, de 13 de janeiro de 1993, que regula o Plano de Cargo, Carreira e Salários, além do desrespeito a Lei Nº 11.738, de 16 de julho de 2008, que estabelece o Piso Nacional dos Professores. Além disso, o Governo ficou de enviar à Assembleia Legislativa , na última quinta-feira (28/7) proposta de implantação de um piso salarial que, segundo nota oficial do Sindicato-APEOC “retira direitos dos professores garantidos desde 1993, acarretando, desta forma, o fim das negociações com a categoria.”
A professora Rosali Vasconcelos, do CEJA Padre Antônio Tomaz, em Acaraú, cobra do Governo do Estado uma política educacional justa e digna, para que a educação não venha a “capengar”. A docente desabafa que não se pode “exigir uma educação de qualidade com o tratamento que o Governo do Estado tem dispensado aos profissionais da educação”.
A professora Raquel Araújo, do Liceu de Acaraú, explica que os professores tentaram estabelecer o diálogo, sem obter sucesso e, por conseguinte, a única alternativa foi a deflagração da greve. “A luta que nós professores estamos encabeçando é em prol de uma educação de qualidade, não só baseada em números. Uma educação qualitativa, que começa pela valorização dos professores”.
A professora Raquel informa que o movimento tem tido o apoio dos estudantes, que têm entendido a reivindicação dos professores. Os alunos têm inclusive participado das manifestações e se recusado a assistir aulas de professores temporários. “Os alunos estão do nosso lado. Nosso objetivo não é prejudicá-los, mas reivindicar nossos direitos e eles têm entendido isso”.
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Professores passaram pelas principais ruas de Acaraú com cartazes e faixas Foto enviada pela Profa. Vânia Rocha |
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