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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Professores do Ceará reivindicam o piso e a legalidade das greves

Os professores em greve da rede estadual do Ceará reivindicam a aplicação do piso salarial nacional e a readequação do plano de carreira. A paralisação iniciada no dia 5 de agosto é motivada pela intransigência do governo de Cid Gomes (PSB) ao não aplicar a Lei do Piso com repercussão em toda a carreira. É o que afirma o presidente do Sindicato dos Professores e Servidores do estado do Ceará (APEOC), Anízio Melo. “O governo apresentou uma tabela que não beneficia 80% da categoria, e o que é pior, por essa tabela ele destrói o nosso atual plano de carreira, que teria que ser melhorado e não piorado ou extinto”.
O piso nacional do magistério é de R$ 1.187 para nível médio por 40h semanais, sem contar gratificações e benefícios. O salário base da rede estadual do Ceará é de R$ 789 (para 40h por semana).
Melo relata que a categoria levou o processo de negociação com o governo ao esgotamento antes de decretar a greve. Ele afirma que outros movimentos grevistas pelo país, como o da rede municipal de ensino de Fortaleza (CE), acabaram esbarrando em medidas judiciais que impediram sua continuidade e a conquista de ganhos para os trabalhadores.
“Quando os governos não conseguem negociar com a categoria, eles estão fazendo o pedido de ilegalidade da greve. Infelizmente os tribunais têm contribuído com os governos, tornando as nossas greves legítimas em greves ilegais. E em todo o Brasil nós estamos vendo um refluxo em nossos direitos”.
A adesão da categoria é de 80%, principalmente no interior do estado. Aulas públicas em praças, manifestações e articulações com outras entidades estão sendo feitas pelos professores para fortalecer o movimento.
De São Paulo, da Radioagência NP, Vivian Fernandes.

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