Na manifestação da quinta passada(01/09), nós , professores, pedimos aos deputados uma audiência pública para debater a situação da Educação no Estado do Ceará, mas os deputados preferiram colocar os professores e estudantes em uma "audiência" com o Batalhão de Choque.
Enquanto isso, a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa não movimenta uma palha como mostra a matéria abaixo do Diário do Nordeste. Por Jarir Pereira
Matéria:
Comissão de Educação não tem feito debates
Publicado em 5 de setembro de 2011A justificativa dos parlamentares é que o tema já estaria sendo tratado por líderes do Governo e Mesa Diretora
Hoje a greve dos professores do Estado completa um mês. Até agora, o assunto ainda não foi tratado pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa. A justificativa dos deputados é de que foi determinado que esse tema seria discutido na Casa pelos líderes do Governo e pela Mesa Diretora.
Mas nada impede que a Comissão se mobilize e discuta o assunto, não precisando, para isso, ser provocada. O deputado José Teodoro (PSDB), membro efetivo do colegiado, disse que tem participado das negociações realizadas pela Assembleia para tentar encontrar uma maneira de atender os professores e, assim, dar fim a greve, mas admite que a Comissão de Educação está fora do debate.
O parlamentar também afirma estar ausente dos trabalhos do grupo, lembrando que a presidente da Comissão, deputada Rachel Marques (PT), está de licença. A parlamentar está afastada dos trabalhos da Assembleia desde o início de junho, por motivos de saúde, e só deverá retornar no final deste mês.
Dessa forma, a vice-presidente, Bethrose (PRP), assumiu seu lugar. Mas desde que Rachel Marques se afastou, a Comissão não se reuniu ainda ordinariamente. A última reunião ordinária, conforme está disposto no endereço eletrônico da Assembleia, data do dia 24 de maio. No dia 18 de agosto o colegiado se reuniu extraordinariamente para votar alguns projetos de indicação e requerimentos.
O motivo por estar afastado da Comissão de Educação, informa Teodoro, é porque ele está atarefado com outras atividades na Casa, como a coordenação de duas subcomissões, em que uma delas traz o tema Educação e Inovação.
A apatia da atuação do grupo frente a greve dos professores, segundo o deputado Dedé Teixeira (PT), não estaria ocorrendo caso Rachel Marques estivesse no comando da Comissão.
Prejuízos
Como membro efetivo do colegiado o petista disse também não ter recebido nenhum chamado da Comissão para debater a questão da greve. Ele ainda informa que o grupo não está discutindo outras questões mais ligadas aos estudantes como merenda escolar, material escolar, condições das escolas ou mesmo os prejuízos causados por um mês seu aulas.
O petista não sabia informar quem havia assumido o lugar de Rachel Marques no comando da Comissão, reconhecendo que não tem militado muito no colegiado, pois vem se dedicando a outros assuntos como a Reforma Política e a caatinga.
Questionado se a atuação da Comissão de Educação está aquém do objetivo a que ela se propõem, que é discutir "assuntos atinentes à educação em geral, política e sistema educacional, em seus aspectos institucionais, estruturais, funcionais e legais; recursos humanos e financeiros para a educação", conforme dita o Art. 48 do Regimento Interno da Assembleia, Dedé Teixeira acredita que não.
A contribuição da Comissão de Educação no debate sobre a situação da escola pública no Ceará tem deixando muito a desejar nos últimos anos.
Fonte: Diário do Nordeste
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