Os professores da rede pública estadual decidiram não ceder à pressão do governador Cid Gomes, que impôs o fim da greve como condição para negociar a pauta de reivindicações com a categoria. Em assembleia, nesta sexta-feira (23), os profissionais votaram pela continuidade do movimento e estão dispostos a retornar às salas de aula somente depois de atendido o pedido pela valorização do magistério.
A assembleia da categoria, no ginásio Aécio de Borba teve início por volta das 8h desta sexta-feira e serviu para avaliar as propostas feitas pelo governador Cid Gomes, no Palácio da Abolição, na tarde da quinta-feira (22). Na ocasião, o governador havia dito que negociaria os principais ítens da pauta de reivindicações, mas colocou como imposição o fim da greve.
A categoria está dividida, mas a maior parte dos educadores votou pela continuidade do movimento paredista que segue por tempo indetermiado.Agenda para a próxima semana
A categoria marcou atividades para a próxima semana, na militância por melhores salários, com a implantação do Piso Nacional do Magistério com repercussão em toda categoria.
Na quarta-feira (28) está programado um ato público, em frente ao Palácio da Abolição, a partir das 8 horas da manhã. Já na sexta-feira (30) os professores realizam uma nova assembleia de avaliação do movimento, a partir das 8h, no ginásio Paulo Sarasate.
Durante a conversa com o governo, ontem (22) foi informado aos professores que, se não voltassem ao trabalho na próxima segunda-feira (26) começaria a ser cobrada a multa estipulada pela justiça, pelo descumprimento da ordem de suspender a greve. Sobre o assunto, o presidente do sindicato Apeoc, Anísio Melo, disse que a entidade de classe se responsabiliza pelas consequências.
Na página oficial do sindicato Apeoc, na internet, os professores postaram a seguinte avaliação sobre a proposta do governador:
Meus colegas, professores, cuidado com a proposta apresentada à equipe de comando da greve.Pelo que entendi o que ficou acordado para apresentar na Assembleia Geral sobre a continuidade da GREVE é uma proposta vaga, ameaçadora, exclusiva, que desvincula o profissional do Ensino Médio dos demais companheiros de trabalho.Não estamos lutando por duas tabelas que divide a categoria, e sim, pela readequação do piso nacional ao plano de cargos e carreiras do magistério cearense, um direito adquirido que deve ser respeitado pelo governador.Desistir da greve,nestas condições impostas e ameaçadoras do senhor governador, não é viável.Já pensaram…por que manter uma tabela e deixar a outra para depois de voltarmos às aulas….Sera que ele não teve tempo para apresentar uma só tabela, O PLANO DE CARGOS E CARREIRAS DO MAGISTÉRIO respeitando a Lei Federal( Piso Nacional)……? Continuem a GREVE!!!PROFESSOR!CORAGEM E UNIÃO! E DETERMINAÇAO!!!!!
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